#1 Vale a pena instalar Windows 64 bits? Sex maio 27, 2011 10:04 pm
artursk
Administrador
Ao baixar programas pelo Baixaki,
você já deve ter se deparado com um informe solicitando que seja
identificado se o seu computador é de 32 ou 64 bits. A escolha errada do
formato do sistema operacional pode gerar a incompatibilidade do
software baixado com o hardware do PC.
Mas qual a diferença dessas versões do SO? O que interfere na escolha
da versão mais adequada para uma máquina? Com a popularização do
Windows 7, vale a pena optar pela versão de 64 bits? O Tecmundo responde
tudo isso para você.
Qual a diferença de 32 para 64 bits?
As versões de 32 e 64 bits possuem arquiteturas diferentes – e isso
muda muita coisa! Essa estrutura diferenciada faz com que essas versões
tenham capacidades de processamento distintas, ou seja, existem
restrições quanto ao uso dos sistemas operacionais com determinados
processadores.
Ao contrário do que muitos usuários imaginam, os bits do processador
não representam a sua velocidade, mas a quantidade de dados que é
transferida em cada ciclo. Assim, quanto maior a quantidade de bits do
sistema operacional, maior será a exigência da memória RAM.
O sistema operacional com 32 bits (também identificado como x86)
reconhece no máximo 3 GB de memória RAM. Isso significa que PCs com
hardware superior a esse devem usar a versão do SO com 64 bits para
acessar e utilizar toda a memória instalada.
Em suma: para você saber se pode utilizar o Windows de 64 bits
(podendo ser representado como x64) com efetividade, basta verificar se o
processador do seu computador é compatível com tal arquitetura e
utiliza mais de 3 GB de memória RAM.
Vale lembrar que uma versão do SO de 32 bits pode rodar em uma
máquina que possua arquitetura de 64 bits. Todavia, o contrário não é
possível, ou seja, executar um sistema x64 em um PC com suporte apenas a
32 bits.
Não sabe qual a versão do Windows instalada no seu computador? Clique aqui e descubra se a sua máquina é de 32 ou 64 bits.
O problema da compatibilidade
Até aqui, vimos que a arquitetura dos processadores e a quantidade de
memória RAM são as primeiras configurações a serem avaliadas no momento
da decisão para a adoção do sistema operacional de 64 bits.
Entretanto, existem outros fatores que influenciam na adaptação da
mudança de um SO x86 para x64. A compatibilidade de periféricos, demais
componentes de hardware e softwares usuais pode ser motivo de muita dor
de cabeça, ocasionando de pequenas falhas na execução de comandos ao não
funcionamento do PC.
Por exemplo, os drivers que permitem o correto funcionamento de
alguns componentes da máquina, como da placa gráfica e de áudio, são
específicos para cada versão de sistema operacional.
Assim, será preciso reinstalar os drivers específicos para que esses
componentes trabalhem com o Windows de 64 bits. Esses pacotes de dados,
geralmente, podem ser encontrados nos sites dos fabricantes de cada
componente. Algumas empresas não costumam lançar drivers atualizados,
fato que pode se tornar um enorme problema para os consumidores.
A Microsoft oferece o Centro de Compatibilidade do Windows 7 para que os usuários informem-se sobre as compatibilidades do seu mais recente sistema operacional. O aplicativo Windows 7 Upgrade Advisor
é uma alternativa para saber se o seu computador possui hardware
compatível com o Windows 7. Outra opção para obter informações da sua
máquina é o CPU-Z. Confira qual desses recursos satisfaz melhor as suas necessidades.
A nova realidade
Processadores de 64 bits compatíveis com o Windows existem desde
2003. Entretanto, outros componentes de hardware adaptáveis a essa
arquitetura precisaram de alguns anos para se popularizarem. Com o
suporte de hardware já avançado, muitos usuários sofriam com a
incompatibilidade de softwares, tornando a adoção da versão x64 duvidosa
para a maioria das pessoas.
Contudo, a realidade agora é bem diferente. As configurações mínimas
dos computadores comercializados atualmente já alcançam as exigências
mínimas da arquitetura de 64 bits. Podemos facilmente encontrar máquinas
com 4 GB de memória RAM, e as famílias de processadores mais novas têm
potência suficiente para aguentar a operação dessa versão de SO.
A maioria dos softwares usuais dos usuários (mensageiros
instantâneos, editores de texto ou imagem, navegadores e players
multimídia, por exemplo) já conta com versões para sistemas operacionais
x64, o que elimina mais um fator limitante para a escolha desse tipo de
sistema.
Na hora de decidir
O Windows 7 foi projetado com base na arquitetura 64 bits, oferecendo
um desempenho otimizado ao ser usado em sua versão x64, logo que tem
acesso a toda a memória RAM instalada no PC – característica que é
restringida a 3 GB de RAM na versão de 32 bits.
Se você utiliza softwares mais pesados (como editores de vídeos,
bancos de dados e suítes de programação), a quantidade de memória RAM e a
velocidade com que os bits são transferidos e interpretados podem ser
determinantes para um desempenho aprimorado no seu trabalho. Nesse caso,
o Windows 7 de 64 bits é uma boa escolha, já que essa versão pode
usufruir de quantidades maiores de memória RAM e executar pacotes de
dados com maior rapidez.
Por outro lado, se sua máquina não conta com o hardware adequado ou
se você usa um software específico que tenha apenas compatibilidade com o
SO de 32 bits, é possível que a mudança de arquitetura gere falhas na
execução de atividades comuns.
Portanto, antes de instalar o Windows 7 x64 no seu PC, lembre-se de:
- Verificar se o processador da máquina suporta a arquitetura 64 bits;
- Avaliar se a quantidade de memória necessária na sua rotina virtual exige mais que 3 GB de RAM;
- Verificar a compatibilidade de todos os softwares usados com a versão x64 do sistema operacional;
- Conferir se os componentes de hardware possuem drivers compatíveis disponíveis; e
- Identificar se algum programa instalado possui recursos adicionais
para a versão 64 bits que você deseja usufruir (é possível conferir esse
tipo de vantagem nas opções avançadas de execução dos aplicativos).